Seguidores

quinta-feira, 31 de março de 2011

NOTICIAS MDL SUSTENTAVEL

 

MPF processa bancos por financiar desmatamento

 

O Banco do Brasil e o Banco da Amazônia acabam de virar réus de ações civis públicas ajuizadas nesta quinta-feira pelo Ministério Público do Pará. Após uma investigação que envolveu nove procuradores, o órgão concluiu que mais de R$ 25 milhões foram liberados para fazendas do estado com várias irregularidades ambientais e trabalhistas, alimentando o desmatamento na região. Leia mais

 

Ibama deflagra operação para apreender gado na Amazônia

 

O Ibama deflagrou nesta quinta-feira (31/03) a Operação Disparada, para combater o desmatamento ilegal, simultaneamente, em cinco regiões da Amazônia Legal, englobando Pará, Mato Grosso e Amazonas. Os alvos da Disparada são frentes de pecuária ilegal, principal vetor do desmatamento na Amazônia, que afeta áreas protegidas, terras públicas, propriedades privadas ou mesmo terras indígenas invadidas. Leia mais

 

Inventário vai indicar fontes de emissões por poluentes orgânicos persistentes

 

A queima de lixo ou de pneus a céu aberto causa mais do que a poluição do ar. Esses tipos de combustão geram dioxinas e furanos - substâncias que provocam doenças como o câncer nas pessoas e também afetam a vida silvestre. A preocupação é internacional e está explícita na Convenção de Estocolmo, ratificada pelo Brasil. Uma das tarefas derivadas do acordo é o inventário sobre emissões, que será apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente nos dias 5 e 6 de maio. Leia mais

 

Brasil repete sucesso e bate recorde na Hora do Planeta

 

Em todas as regiões do país, governos, empresas, pessoas e organizações ajudaram a marcar um recorde de participação na edição de 2011 do movimento global. "A participação delas na Hora do Planeta é um gesto concreto em direção à sustentabilidade. Significa que todos estão preocupados e atentos ao aquecimento global e que queremos fazer a nossa parte pelo direito de nossos filhos e netos herdarem um planeta habitável", afirmou Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. Leia mais

 

Setor florestal e ONGs ambientais apresentam propostas para Código Florestal

 

Com o objetivo de contribuir para o aprimoramento da legislação vigente, empresas do setor de base florestal plantada e algumas das principais organizações socioambientais em atuação no Brasil apresentaram na quinta (24 de março), em São Paulo, uma proposta contendo 16 pontos específicos para o novo Código Florestal Brasileiro, em tramitação no Congresso Nacional. Leia mais

quarta-feira, 30 de março de 2011

BRASIL ESTÁ EM SEXTO NA CORRIDA PELAS ENERGIAS LIMPAS

País recebeu US$ 7,6 bilhões em 2010 para o desenvolvimento de fontes renováveis, ficando atrás apenas das grandes potências mundiais, como a China, que consolidou sua liderança alcançando a marca dos US$ 54,4 bilhões.

 

Os investimentos em energias limpas cresceram 30% no ano passado depois de um 2009 turbulento em virtude da crise financeira mundial e chegaram aos US$ 243 bilhões, um recorde histórico.

 

No ranking dos países que mais receberam recursos, o destaque segue sendo a China, que foi o destino de cerca de um quinto de todo o dinheiro encaminhado para fontes renováveis, US$ 54,4 bilhões. A decepção foi os Estados Unidos, que apesar de toda a retórica do presidente Barack Obama, acabou caindo uma posição em relação ao ano anterior e ficou em terceiro, atrás da Alemanha.

 

O Brasil surge em sexto, subindo uma posição desde 2009, tendo recebido US$ 7,6 bilhões e gerado cerca de 14 GW em renováveis. Dos investimentos, 40% foram destinados para os biocombustíveis, 31% para energia eólica e 28% para outras fontes.

 

Quem apresenta todos esses dados é o relatório Who"s Winning the Clean Energy Race? (Quem está vencendo a corrida pela energia limpa?), publicado nesta terça-feira (29) pela ONG norte-americana Pew Charitable Trusts.

 

Segundo o documento, 90% de todos os investimentos foram para países do G20. A União Européia, se for considerada como um único destino, ficaria em primeiro lugar com US$ 94 bilhões, sendo a Alemanha e a Itália os grandes destaques, com US$ 41,2 bilhões e US$ 13,9 bilhões respectivamente.

Entre os europeus a grande surpresa foi a expressiva queda do Reino Unido, que saiu de terceiro em 2009 para décimo terceiro no ano passado, tendo recebido apenas US$ 3,3 bilhões. O relatório afirma que a razão para isso foi que em 2009 os projetos eólicos offshore teriam supervalorizado a posição britânica.

 

Mesmo se for considerada como uma única entidade, a União Européia está com sua posição na vanguarda das energias renováveis ameaçada pelo constante e acelerado crescimento chinês. A Ásia deverá assumir em breve o papel de maior receptor de investimentos.

 

Já a queda norte-americana pode ser explicada pela não aprovação da lei energética no ano passado pelo Congresso, decisão que afastou investidores. Mesmo assim os recursos para renováveis subiram 51% e chegaram a US$ 34 bilhões.

 

Para o relatório, o crescimento alemão e chinês é baseado em políticas públicas de incentivo e de metas, fatores ainda ausentes nos Estados Unidos.

 

Porém alguns criticam o desenvolvimento chinês, alegando que ele é baseado na exploração da mão de obra. Respondendo isso, a ex-governadora do Michigan e conselheira do Pew, Jennifer Granholm, afirma que não é questão de custos e sim de políticas. “Esta teoria de que a China só cresce devido à mão de obra barata não se aplica às energias limpas, que tem sua expansão como uma consequência das políticas de metas”, explicou.

 

O Brasil, que aparece em sexto no ranking, também ocupa essa posição na previsão de crescimento para os próximos cinco anos. Entre as energias limpas no país, se destacam a produção de etanol com 36 bilhões de litros, a geração elétrica com biomassa, 8000MW, e as pequenas centrais hidroelétricas, 5000MW. As grandes metas salientadas pelo relatório são a geração de 1805MW através de fontes eólicas até 2012 e o aumento do uso de biodiesel.

 

A Argentina e a Turquia também aparecem como países promissores, apresentando 568% e 190% de crescimento nos investimentos em 2010.

 

A capacidade instalada mundial de renováveis está em 388GW, com 40GW em eólicas e 17GW de solares tendo sido adicionadas no ano passado.

 

O relatório foi produzido com base em dados de 2010, portanto ainda não leva em conta os efeitos da recente crise nuclear. Por isso, é bem provável que o recorde histórico nos investimentos em energias limpas alcançado no ano passado seja ultrapassado com facilidade em 2011.

 

Fonte: (Envolverde/Carbono Brasil)

BATERIA TRANSFORMA ENTROPIA EM ELETRICIDADE

Quando a água doce dos rios entra no mar a diferença na salinidade leva a uma mudança de entropia.

 

Essa diferença de entropia, calculada em 2,2 kJ por litro de água doce, é uma fonte gigantesca de energia renovável.

 

O grande desafio é extrair essa energia, convertendo-a para formas úteis, eletricidade, por exemplo.

 

A equipe do Dr. Yi Cui, da Universidade de Stanford, resolveu enfrentar o desafio e demonstrou que o conceito de extração dessa  "energia entrópica" pode realmente funcionar na prática.

 

E funcionar bem: a sua "bateria de mistura entrópica", que gera energia a partir da diferença de entropia entre a água doce dos rios e  a água salgada do mar operou com uma eficiência de 74%.

 

Baterias químicas

 

O conceito de geração de energia da diferença de entropia já foi estudado e testado antes.

 

A abordagem mais promissora adotada até agora usa membranas superfinas, parecidas com as usadas em células a combustível a hidrogênio, para que os íons passem de um dos líquidos para o outro, gerando uma corrente.

 

O enfoque adotado pela equipe de Cui é diferente: a energia extraída da diferença de concentração entre duas soluções é armazenada em  baterias químicas - a energia é armazenada como energia química no  interior da estrutura química do material usado como eletrodo.

 

A bateria de mistura entrópica foi fabricada com nanofios de óxido de  manganês e eletrodos de prata. O uso de estruturas com dimensões  nanoscópicas é importante pela sua grande área superficial, algo  essencial para capturar mais energia por área.

 

A energia é gerada pelo movimento dos íons de sódio e cloro - os dois elementos que compõem o sal da água do mar - através da rede cristalina dos eletrodos. Mas ela pode ser usada com outras soluções.

 

Eficiência da bateria de entropia

 

"A bateria foi demonstrada extraindo energia de água real do mar e de um rio, mas pode ser aplicada a uma grande variedade de soluções salinas e água doce," afirmam os pesquisadores.

 

O rendimento real observado foi de 74%, mas os pesquisadores afirmam que a mera mudança na distância entre os eletrodos pode elevar essa eficiência para algo em torno de 85%.

 

"Considerando o fluxo de água dos rios para os oceanos como um fator limitador para esse tipo de energia, a produção de energia renovável pode potencialmente alcançar 2 TW, o equivalente a 13% de todo o consumo de energia do mundo," afirmam os pesquisadores.

 

Bibliografia:

Batteries for Efficient Energy Extraction from a Water Salinity Difference

Fabio La Mantia, Mauro Pasta, Heather D. Deshazer, Bruce E. Logan, Yi Cui

Nano Letters  - March 17, 2011 -   http://www.zeeli.pro.br

 

Fonte: Site Inovação Tecnológica - 29/03/2011

terça-feira, 29 de março de 2011

PREFEITOS DE SERJIPE APROVAM CONSÓRCIO PARA GESTÃO DO LIXO EM 17 MUNICÍPIOS

O fim dos lixões a céu aberto para o Agreste Central. Esse foi o motivo que levou os prefeitos de 17 municípios que compõem o território do Agreste Central a dizerem 'SIM' e assinalarem positivamente ao ato de Consolidação do Consórcio Público de Saneamento Básico do Agreste Central Sergipano. O marco histórico para o Estado de Sergipe, que dá fim às lixeiras da região, ocorreu no Centro Comunitário de Macambira e foi coordenado pessoalmente pelo secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes Silva.

 

“Hoje sem dúvida alguma é o dia mais importante para as cidades do Agreste Central. O Governo do Estado tem manifestado o interesse e dado total apoio para que esse grande dia chegasse, e, em fim, o que antes parecia um sonho distante e difícil, hoje se concretiza, se torna uma orgulhosa realidade”, falou visivelmente emocionado Genival Nunes, que na ocasião representou o governador Marcelo Déda.

 

A Lei Municipal da aprovação do consórcio nas cidades, emitida pelas Câmaras de Vereadores de cada um dos 17 municípios, foi entregue pelos prefeitos ao secretário. O momento da entrega registrava muita emoção por parte dos gestores, os quais não se limitavam apenas ao aperto de mão, mas a abraço apertado no secretário.

 

Segundo o secretário, a consolidação do consórcio para as cidades do agreste central representa não só a eliminação das lixeiras a céu aberto nas cidades do agreste, que sempre foram sinônimos de proliferação de doenças e de constrangimento visual para a população e para gestor. “O consórcio é uma alternativa sustentável e economicamente viável para a destinação do lixo. O projeto prevê a criação de aterros sanitários de forma compartilhada e sustentável, aplicando a coleta seletiva, eliminando os lixões, além do manejo dos resíduos da construção civil e parcerias com os catadores de lixo”, destacou.

 

Eleição

 

Na reunião, em cumprimento a Lei do Consórcio, foi eleita a Diretoria do Consórcio Público, a qual é composta por quatro prefeitos membros.

Entre os 17 prefeitos do Agreste, a prefeita da cidade de Ribeirópolis, Evanira Nascimento Barreto, foi eleita a presidenta do Consórcio Público da Região do Agreste. Segundo o regulamento da lei do consórcio, o presidente eleito é quem convida os demais componentes para a formação da mesa-diretoria. Convites aceitos, ficou definido que o prefeito de Macambira, Roberto Alves de Souza, é o vice-presidente do consórcio; o prefeito de Itabaiana, Luciano Bispo, o diretor-geral; e a prefeita de São Miguel do Aleixo, Maria Oliveira da Cruz, foi eleita  a diretora-financeira do consórcio.

 

Uma vez eleitos, os prefeitos assinaram ao Termo de Posse do Consórcio Público. Para efetivação jurídica da implantação do consórcio publico de Saneamento Básico do Agreste Central Sergipano os prefeitos eleitos irão criar um CNPJ oficializando a criação da associação pública. Durante a eleição, ficou definido que a sede será montada no município de Itabaiana.

 

Para a presidente do consórcio, popularmente conhecida como Uita, ele elimina a um histórico de décadas de luta para acabar com a lixeira extensa em seu município. “Ela está lá há anos. O consórcio vai literalmente varrer a uma imagem que deprecia o orgulho do povo de Ribeirólopis”, comemora a prefeita do município.

 

De acordo com o superintendente de Educação Ambiental da Semarh, Lício Valério Lima, a implantação do consórcio público para a gestão dos resíduos sólidos representa uma conscientização coletiva. “Isso só poderia acontecer coletivamente. E ainda leva uma vantagem sobre os demais municípios. É que segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2012 cada município deverá apresentar seu Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos. Com a consolidação do consórcio público, todos os municípios inseridos apresentarão apenas há um único projeto. Será um para todos”, explicou.

 

“Aleluia! O lixo da cidade já está entrando casa à dentro. O consórcio irá por o lixo definitivamente no lugar dele.Este é sem dúvida um dia importante para os moradores do município”, comemorou festivamente o prefeito da cidade de Pedra Mole, Cleverton Santos.

 

De acordo com o prefeito de Macambira, cidade conhecida pelo tradicional banho de cachoeira, o fechamento do consórcio público é um fato histórico. “Somos o primeiro em todo o Estado. Acreditamos no sonho e corremos atrás para que esse dia se efetivasse. Cuidar do lixo é cuidar da saúde e do meio ambiente. Estou muito feliz com o dia de hoje”, declarou.

 

Municípios

 

Dos 20 municípios que compõe o território Agreste Central Sergipano na formação para implantação do consórcio Público de Saneamento, apenas três não aderiram ao consórcio. São eles, Pinhão, Divina Pastora e Riachuelo.

 

Estão associados ao consórcio público do Agrestre os município de Areia Branca, Campo do Brito, Carira, Cumbe, Itabaiana, Macambira,  Malhador, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Ribeiropólis, Santa Rosa de Lima, São Miguel do Aleixo, Siriri,  Divina Pastora,São Domingos, Pedra Mole e Frei Paulo.

 

Aterros Sanitários

 

A Partir da consolidação do consórcio público, os municípios do Agreste Central terão diversos aterros sanitários para trabalhar adequadamente a gestão do lixo de seus municípios. Será criado um Aterro Sanitário de grande porte no município de Itabaina, a qual atenderá aos municípios de Areia Branca, Campo Brito,Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita, Ribeirópolis, São Domingos e a própria cidade de Itabaiana. Também, a implantação de Aterros Simplificados Compartilhados, atendendo aos municípios de Nossa senhora das Dores, Riachuelo, Frei Paulo e Nossa Senhora Aparecida e ainda, mais um Aterro Simplificado Individual  para a cidade de Carira.

 

Os aterros serão complementados por usinas de compostagem, galpões de triagem, pontos de entrega voluntaria, e pontos de resíduos de construção e demolição.

 

Alcance de consórcios

 

Além do consórcio do Agreste Central, mais dois consórcios estão em fase de criação. São eles: o do Baixo São Francisco Sergipano- composto por 27 municípios incluindo Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Propriá, Neópolis e Brejo Grande - e o do Centro Sul Sergipano.

 

O do Centro Sul, composição de 16 municípios, terá seu início deflagrado ainda no mês de fevereiro. Para esse futuro consórcio o Ministério das Cidades já disponibilizou verba de R$ 430.000,00 para dar início aos estudos de viabilidade técnica, operacional e financeira para implantação do consórcio.

 

Nacional

 

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei no 12.305/2010) reforça a necessidade de criação de consórcios públicos municipais para a promoção da sustentabilidade dos serviços prestados e a divisão de despesas, além de contribuir para a inclusão social de catadores e a desativação de lixões que poluem o solo e os recursos hídricos. Para o Governo Federal esses consórcios são capazes de otimizarem recursos e se traduzem em oportunidade de negócios com geração de emprego e renda.

 

Fonte: Semarh - 28/03/2011

NOTICIAS CARBONO FLORESTAL, BIOMASSA

segunda-feira, 28 de março de 2011

BAHIA INAUGURA USINA MOVIDA A LIXO

Termelétrica pretende transformar 2,5 mil toneladas de resíduos em energia elétrica por dia

 

oi inaugurada na última quarta-feira (23/3) a primeira termelétrica movida a biogás do Nordeste, a Termoverde Salvador, na Bahia. Com capacidade instalada de 19,7MW, a usina pretende produzir 150 mil MWh ao ano, o suficiente para atender 300 mil residências.

A Termoverde Salvador é a terceira usina movida a biogás no País. A usina foi construída em uma área de sete mil hectares pelo grupo Solví Valorização Energética, em Salvador, e pretende transformar 2,5 mil toneladas diárias de resíduos em energia renovável. Para a realização do empreendimento foram investidos R$50 milhões.

Segundo a Solvi Valorização Energética, responsável também por administrar a planta, a termelétrica é composta de usina geradora de energia com 19 motogeradores de 1.038 KW cada, unidade de tratamento do biogás, subestação elevadora e uma linha de transmissão de 7,8Km que liga a usina à rede elétrica da Coelba, que fará a distribuição às unidades consumidoras.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, que esteve na cerimônia de inauguração, lembra que ainda haverá muitos investimentos no setor de energia no Estado. Estão em fase de implantação 14 parques eólicos na região de Guanambi, no sudoeste baiano.

Fonte: Jornal da Energia

domingo, 27 de março de 2011

FUNDAÇÃO BB E PARCEIROS INAUGURAM CENTRAL DE COLETA SOLIDÁRIA DE ÓLEO VEGETAL

Fundação Banco do Brasil e Cooperativa Serviço e Trabalho - Cooperangel inauguraram nesta terça-feira (22/03) a Central de Coleta Solidária de Óleo Vegetal em São João do Meriti, no Rio de Janeiro. Foram apresentadas as ações e resultados alcançados em 2010, além das novas instalações e identidade visual.

O objetivo do projeto é ser uma alternativa econômica às mulheres de baixa renda da região - atualmente cerca de 70 cooperadas e associadas, além de 210 beneficiários indiretos nos Municípios de São João de Meriti e Nilópolis.

 

A Cooperangel integra o Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais do Estado do Rio de Janeiro - PROVE criado pela Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Usina de Manguinhos. Juntamente com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis - CEFET - RJ, a cooperativa desenvolve parceria para a melhoria e beneficiamento da coleta de óleo de fritura usado visando à redução dos níveis de acidez e umidade através de uma central de beneficiamento, que agrega valor ao óleo coletado por todas as cooperativas participantes do PROVE. O óleo é destinado para a Usina de Biodiesel de Manguinhos.

 

Fonte: Fundação Banco do Brasil

 

sábado, 26 de março de 2011

Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável

Economia verde

A busca de um novo modelo econômico de baixo carbono, baseado no melhor aproveitamento dos recursos naturais, exigirá um investimento anual de mais de US$ 1,3 trilhão, ou 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, em dez setores estratégicos, até a metade do século XXI.

O relatório Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mensura o peso que as políticas públicas terão no fomento de novas tecnologias nos próximos 40 anos e atribui à iniciativa privada a maior parte da responsabilidade desse investimento.

Segundo o PNUMA, políticas adotadas nas últimas três décadas para garantir um crescimento econômico aliado à eficiência energética e ao menor consumo de recursos naturais produziram resultados "modestos demais" em termos de promoção da transição para a chamada "economia verde".

A ONU defende a necessidade de investimentos intensivos nas áreas de agricultura, indústria, energia, água, edifícios, gestão de resíduos, pesca, silvicultura, turismo e transportes.

O relatório indica que o crescimento mundial da economia nesse cenário mais "verde" seria maior do que o registrado no atual modelo econômico, apesar do conceito disseminado que opõe desenvolvimento a sustentabilidade ambiental.

"Em uma transição para uma economia verde, serão criados novos empregos que, ao longo do tempo, superarão as perdas de empregos da economia marrom [de alta emissão de carbono]", diz o documento.

Menos subsídios para a economia marrom

Desse montante de US$ 1,3 trilhão, a maioria dos recursos deverá ser oriunda do capital privado, apesar do importante papel atribuído ao setor público na definição de políticas de fomento dessas tecnologias.

Cabe aos governos, de acordo com o documento, principalmente direcionar os esforços para fomentar o aprimoramento dos setores-chave e redimensionar estratégias que estimulam financeiramente segmentos ligados à economia de alta emissão de carbono. "Corrigir subsídios onerosos e prejudiciais em todos os setores abriria espaço fiscal e liberaria recursos para a transição para uma economia verde." O PNUMA calcula que o fim dos subsídios destinados a apenas quatro setores (energia, água, pesca e agricultura) traria uma economia anual de 1% a 2% do PIB global.

Um dos exemplos, diz o texto, são os subsídios destinados à produção e comercialização de combustíveis fósseis, que superaram a marca de US$ 650 bilhões em 2008, o que desestimula uma mudança de matriz energética para os recursos renováveis.

"O uso de ferramentas como impostos, incentivos fiscais e licenças negociáveis para promover investimentos e inovações verdes também é essencial, assim como o investimento em capacitação, treinamento e educação", explica o documento.

Emergência verde

Mesmo estando aquém do ritmo desejado, de acordo com o PNUMA, a transição para o modelo da "economia verde" ocorre em "escala e velocidade nunca antes vistas".

O segmento de energia limpa é um dos que mais crescem; a previsão é de que investimentos mundiais no setor tenham aumentado 30% no último ano, passando de US$ 186 bilhões em 2009 para US$ 243 bilhões em 2010.

O PNUMA destaca que países não membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como Brasil, China e Índia, têm-se sobressaído, ampliando sua participação mundial em investimentos em energia renovável de 29% em 2007 para 40% em 2008.

Os autores de Rumo a uma Economia Verde atribuíram ao setor de energia o maior montante, US$ 362 bilhões (27%), do total de recursos de US$ 1,347 trilhão a ser investido anualmente. O segundo segmento que deve receber mais recursos é o de transportes, com US$ 194 bilhões (14%).

Na sequência, aparecem os setores de edifícios e turismo (US$ 134 bilhões ou 10% cada um), agricultura, água, gestão de resíduos e pesca (US$ 108 bilhões ou 8% cada um), indústria (US$ 76 bilhões ou 6%) e silvicultura (US$ 15 bilhões ou 1%).

Biomassa brasileira

O desempenho do Brasil nos biocombustíveis ganha relevo no capítulo de energia renovável.

O bioetanol produzido no País é destacado como uma das duas únicas opções comercialmente maduras para a geração energética entre as fontes renováveis do mundo, ao lado da energia hidrelétrica produzida em grandes represas, que supre 16% da demanda do mundo.

"Em termos de utilizações sustentáveis de biomassa, a produção de combustíveis para transporte baseados em bioetanol no Brasil já é uma tecnologia comercialmente madura", informa o texto, em comparação com outras tecnologias promissoras para a geração de energia limpa, como a eólica, considerada ainda nas fases de implantação e difusão no mundo.

Economicamente o segmento de energia renovável ganha cada vez mais destaque, tendo empregado direta ou indiretamente mais de 2,3 milhões de pessoas no planeta, segundo balanço feito em 2006 e citado no relatório.

O Brasil é o segundo país do mundo que mais emprega nesse setor, com cerca de 500 mil trabalhadores, o que representa 20,7% de toda mão-de-obra envolvida no segmento no mundo.

Sustentabilidade na construção civil

O relatório divide as áreas estratégicas de investimento em capítulos, que foram organizados por especialistas das diversas áreas e de várias partes do mundo.

O capítulo sobre edifícios e construção civil foi coordenado por três especialistas, entre eles a arquiteta brasileira Joana Carla Soares Gonçalves, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde atua no Departamento de Tecnologia da Arquitetura, no Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética. Desde 2009, ela também é professora orientadora do Programa de Pós-Graduação Energia e Ambiente da Architectural Association Graduate School, em Londres.

Joana coordenou a equipe de autores em parceria com os pesquisadores Philipp Rode e Ricky Burdett, da London School of Economics, em Londres, e também redigiu textos com definições de conceitos, sobre a importância da inserção do projeto arquitetônico no contexto climático, do conforto ambiental, do emprego de materiais e das vantagens de reabilitação de prédios.

Em entrevista por e-mail a Inovação, a professora da USP, que está em Londres, aponta o papel fundamental do uso da tecnologia na construção civil para a constituição de edifícios "mais verdes" e diz que o foco do relatório é nas inovações que busquem a economia de energia, destacadas dentro do tópico "Oportunidades".

"No entanto, eu gostaria de destacar que tecnologia, no que tange aos sistemas prediais, é só um fator dentre outros que colocamos sucintamente. Definitivamente, o foco não está só na tecnologia, mas no edifício como um todo, incluindo seus ocupantes", afirmou Joana.

O relatório da UNEP, detalha a professora, tem como objetivo fornecer informações para os agentes tomadores de decisão de todo o mundo, abordando desafios, oportunidades e instrumentos, mas principalmente mensurando os impactos e as vantagens econômicas dessa transição. "É importante destacar também que, de uma maneira geral, ainda temos poucos dados quantitativos disponíveis sobre os custos e as vantagens econômicas de edifícios de menor impacto ambiental, em diferentes partes do mundo", esclarece Joana. "Achar esses números para montar nosso argumento a favor de edifícios mais verdes foi um grande desafio", diz a autora, acrescentando que mesmo assim a equipe teve êxito na construção da base de argumentos, com dados e fatos convincentes.

Relatórios técnicos

Segundo a professora da USP, o documento "Rumo a uma Economia Verde" não foi proposto para ser uma publicação técnica, mas sim informativa. No entanto, ele será desdobrado em relatórios técnicos que desenvolverão em detalhes as questões principais de cada um dos capítulos.

Joana contribuirá para os relatórios do PNUMA sobre edifícios abordando temas como a conscientização e inserção econômica dos edifícios de menor impacto ambiental.

Joana Gonçalves afirma que não há no Brasil uma valorização suficiente da etapa de projeto dentro da construção civil; para ela, os projetos devem ser mais "inteligentes" e contemplar todos os aspectos do impacto ambiental, como os materiais, o conforto dos usuários e o melhor aproveitamento dos recursos naturais, como luz e ventilação. "O arquiteto tem que conhecer mais e melhor todas as questões de desempenho ambiental, assim como os engenheiros de todas as naturezas precisam entender melhor os vários aspectos do desempenho ambiental dos projetos arquitetônicos e da construção para pensar as soluções tecnológicas."

Prédios novos x prédios requalificados

O setor da construção civil responde por mais de um terço do consumo de recursos do planeta, o que inclui 12% do consumo mundial de água doce, além de gerar 40% de todos os resíduos sólidos do mundo, de acordo com o PNUMA.

Duas abordagens diferentes devem ser empreendidas para tornar o setor mais "verde", de acordo com o relatório. Nos países desenvolvidos, as principais oportunidades estão na requalificação dos prédios existentes, para torná-los ambientalmente mais eficientes por meio de intervenções que reduzam o consumo de energia e incluam o uso de fontes renováveis. Já nos países não membros da OCDE, diz o documento, o déficit habitacional abre mais possibilidades para a exploração de novas gerações de construções com designs inovadores e novos padrões de desempenho.

"No entanto, deve ser considerado que, em muitos casos, o que já projetamos nos últimos 50 anos ou mais, principalmente nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras, representa um estoque edificado significativo que precisa ser recuperado e reutilizado, visando também um menor impacto ambiental", pondera a professora. "Esse ponto é bem reforçado no relatório; definitivamente, não é somente sobre o novo, mas também sobre o já existente."

Para Joana, um fator que favorece o Brasil é o clima ameno, que possibilita construir prédios mais eficientes, com menor consumo de energia e impacto ambiental reduzido. Mas para isso, diz ela, é necessário investir mais em projetos e compreender melhor o papel dos usuários.

Fonte: Guilherme Gorgulho - Inovação Unicamp - 23/03/2011

 

 

terça-feira, 22 de março de 2011

ESTRATÉGIA PETROBRAS PARA BIOCOMBUSTIVEIS

O futuro dos biocombustiveis VI: A estratégia da Petrobras

Por José Vitor Bomtempo (*) - No artigo anterior, comparamos as estratégias da BP e da Shell em biocombustíveis. Agora, apresentamos o caso da Petrobras. Vale recordar rapidamente a fundamentação da análise. Partimos de uma distinção de base entre a competição dentro da estrutura industrial existente – etanol e biodiesel – e a competição no que denominamos indústria de biocombustíveis e bioprodutos do futuro – novos processos e novos biocombustíveis e bioprodutos. No primeiro caso, temos tipicamente uma competição baseada no posicionamento dentro de uma estrutura industrial conhecida. No segundo, a estrutura industrial ainda não está estabelecida e a base da competição é a capacidade de inovar e moldar a nova estrutura industrial. Esses pontos estão desenvolvidos com mais detalhes nas postagens anteriores da série.

É importante ainda notar que na indústria de biocombustíveis de primeira geração as tecnologias de conversão estão disponíveis para os investidores a partir de fontes externas acessíveis como as empresas de engenharia/tecnologia e fabricantes de equipamento. Na indústria de biocombustíveis do futuro – baseada em inovação em novas matérias-primas, novos processos, novos produtos – uma mudança fundamental é o deslocamento da fonte de tecnologia para dentro das empresas, com isto, a tecnologia tende a ser muito mais sofisticada nos bioprodutos do futuro e consequentemente proprietária. Existem, portanto, grandes diferenças nas estratégias tecnológicas entre a indústria de hoje e indústria do futuro.

O caso da Petrobras – A Petrobras tem como visão para 2020 tornar-se um dos cinco maiores produtores mundiais de biocombustíveis.

O primeiro ponto a se destacar é o volume expressivo de investimentos previstos: 3,5 bilhões de dólares. Esse montante coloca a empresa talvez como a maior investidora em biocombustíveis entre as empresas de petróleo e gás. A Petrobras é a única das grandes empresas de petróleo que tem uma subsidiária constituída para se dedicar ao segmento biocombustíveis.

Mas em que atividades está o foco desses investimentos? O principal segmento é o de etanol que deverá consumir cerca de 2,0 bilhões de dólares, isto é, mais da metade do investimento total no período. Se considerarmos que serão investidos cerca de 0,7 bilhão de dólares em logística e que boa parte desses recursos irá para a estrutura de exportação de etanol, pode-se concluir que o etanol é o centro da estratégia da Petrobras. A empresa pretende expandir sua capacidade de produção em 193% no período, atingindo 2,6 bilhões de litros/ano em 2014. Boa parte desse etanol será destinada à exportação que crescerá 135% no período, atingindo 1,1 bilhão de litros em 2014.

Como todo esse investimento será feito dentro da atual indústria de etanol, pode-se concluir que a estratégia da Petrobras é de posicionamento competitivo com particular atenção ao desenvolvimento do mercado internacional de etanol.

No caso do biodiesel, embora os recursos sejam bem inferiores, a lógica dos investimentos é semelhante: assumir uma posição competitiva dentro da indústria existente. Serão investidos na expansão da produção em biodiesel 400 milhões de dólares que deverão permitir um aumento de capacidade de 47%, atingindo 747 milhões de litros em 2014. Atualmente, são quatro usinas em operação e três em implantação. Existem ainda dois projetos em palma: um deles para a exportação de óleo de palma a ser industrializado pela Galp em Portugal e o outro para produção de biodiesel para a região amazônica. Esses projetos representam investimentos de quase 900 milhões de reais.

Em P&D serão aplicados 400 milhões de dólares nos próximos quatro anos. O volume de recursos deve ser considerado expressivo embora represente apenas 11% dos recursos aplicados na expansão dentro da indústria de primeira geração. A Petrobras, portanto, considera como objetivo estratégico assegurar uma posição forte na atual indústria.

Qual são os principais eixos das pesquisas em desenvolvimento? Como essas pesquisas serão integradas no processo de crescimento da Petrobras Biocombustiveis? À luz dos documentos publicados pela empresa e das informações disponíveis em apresentações da empresa e na imprensa especializada, esse processo não parece muito claro. Na verdade, as pesquisas situam-se no Cenpes e os negócios numa subsidiária, a Petrobras Biocombustiveis, o que pode levar a estratégias não necessariamente convergentes.

Sabe-se que a Petrobras associou-se à empresa americana KL Energy para o desenvolvimento de etanol celulósico a partir de bagaço de cana e que se previu nos anúncios feitos (em agosto 2010) a possibilidade de uma planta em 2013 junto a uma das unidades de etanol existentes. Essa iniciativa deu sequência a esforços de pesquisa em escala piloto que o Cenpes já vinha desenvolvendo com base em pesquisas internas e de universidades brasileiras. A associação com a KL Energy sugere um empenho em avançar no etanol lignocelulósico.

Sabe-se ainda que o Cenpes desenvolve pesquisas em gaseificação de biomassa para a produção de diesel na chamada rota termoquímica BTL (biomass to liquids). Há ainda registro de redes de pesquisas, com a participação de universidades e centros de pesquisa, em matérias-primas para o biodiesel: girassol, mamona, pinhão manso e macaúba e em bio-óleo.

O processo HBio, que já mereceu grande destaque como um feito tecnológico importante, praticamente não é mencionado nos documentos da empresa. Os registros limitam-se a citar que o processo HBio representa uma nova forma para a produção de biocombustíveis complementar ao Programa Brasileiro de Biodiesel. Isso parece sugerir que a empresa não demonstra atualmente grande interesse nessa alternativa.

Assim, o esforço de pesquisa da empresa no caso do diesel parece em parte voltado para tecnologias convencionais que não são consideradas promissoras pelas empresas de grande porte do setor de petróleo e gás interessadas em biocombustíveis. Nesse ponto, existe um grande contraste entre a Petrobras e a abordagem da Neste Oil. A empresa finlandesa tem um foco claro no diesel, mas trabalha com uma tecnologia própria de refino de óleo vegetal (NexBTL) de certa forma similar ao conceito HBio. A Neste Oil tem três plantas em operação (duas de 190.000 t/a e uma de 800.000 t/a) e uma em construção (800.000 t/a), utilizando basicamente óleo de palma. O investimento total nas quatro plantas é da ordem de 1,4 bilhão de euros. Mas essa produção é associada a projetos de pesquisa de tecnologias mais avançadas (BTL, algas, microorganismos) que são explicitamente anunciadas como processos que, no futuro, serão estratégicos para suprir as necessidades de matéria-prima e de qualidade ambiental dos biocombustíveis.

De um modo geral, esse contraste de foco na indústria atual de primeira geração e menor interesse na inovação com vistas à construção da indústria do futuro se verifica também ao compararmos a estratégia da Petrobras em etanol com as estratégias da Shell e da BP. Essas duas empresas têm hoje um portfólio que reúne investimentos em primeira geração mas também investimentos estruturados com vistas à transição para a indústria do futuro. Empresas de petróleo importantes, como Exxon e Total, antes ausentes do segmento biocombustíveis têm feito entradas voltadas para apostas tecnológicas de impacto (Exxon 300 milhões de dólares, em 2009, em algas com a Synthetic Genomics, Total adquirindo participações em projetos « estrelas » como Amyris, Gevo e Coskata).

Distingue-se, portanto, a Petrobras por uma estratégia de forte envolvimento na indústria e de concentração desse envolvimento na indústria de primeira geração. Logo, uma estratégia agressiva de posicionamento na indústria de hoje e com pequeno envolvimento em tecnologias mais avançadas que podem vir a ser a base do futuro da indústria. Limitando-se ao pequeno número de empresas mencionadas até agora, pode-se identificar que as demais empresas de petróleo e gás se dividem em dois grupos: estratégias de posicionamento conciliadas com esforços inovadores para construção da indústria do futuro (casos de BP, Shell e Neste) e estratégias de investimentos via participações minoritárias em projetos de grande peso inovador (Exxon e Total, por exemplo.)

Em conclusão, pode-se destacar o grande volume de recursos aplicados pela Petrobras como um sinal de efetivo interesse de manter uma posição de liderança na indústria de biocombustíveis. Entretanto, o foco estratégico parece se concentrar na indústria de primeira geração – etanol e biodiesel – não vislumbrando efetivamente até o momento um esforço de construção da indústria de biocombustiveis do futuro e de busca de liderança nessa nova indústria.

Espera-se que os recursos expressivos alocados à pesquisa venham a contribuir para a sofisticação do portfólio da empresa, em particular no segmento diesel. Esse segmento parece hoje excessivemente comprometido com o que é visto, segundo nossas observações da dinâmica de inovação em nível mundial, com conceitos que dificilmente ocuparão um espaço relevante na indústria de biocombustiveis do futuro. A Petrobras pode ser muito mais ousada e ambicionar uma posição muito mais expressiva na indústria de biocombustíveis e bioprodutos do futuro.

José Vitor Bomtempo é doutor pela Ecole Nationale Supérieure des Mines de Paris, 1994. Pesquisador associado e professor e pesquisador da Pós-graduação da Escola de Química/UFRJ. Atua nas áreas de economia e administração, organização industrial e estudos industriais.

(Nota da Redação: artigo publicado no Infopetro, blog do Grupo de Economia da Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFR)

VENDA DE CRÉDITO DE CARBONO COM PLANTIO DE SERINGUEIRA NA GUATEMALA

O projeto de plantio de seringueira na Guatemala foi negociado durante a Carbon Expo em Colônia, na Alemanha. A negociação foi entre a empresa ‘Pica Borracha Natural’ da Guatemala e a ‘First Climate’ da Suíça.

O projeto é pioneiro na venda de crédito de carbono com plantio de seringueira, e compreende 2.500 hectares de novos plantios de seringueira, em áreas degradadas ou degradantes, utilizando praticas sustentáveis, com http://www.ciflorestas.com.br/imagem.php?w=295&h=300&imagem=n_venda_seringueira_22742.jpgprevisão de fixação de 1,2 milhões de dióxido de carbono no período de 20 anos.

Existe muita semelhança entre o projeto aprovado e o Programa “Hevea Ambiente Sustentável” que será lançado ainda no primeiro semestre de 2011, objeto da parceria entre a Minas Hevea e a EPAMIG, que buscará o fomento do plantio da seringueira no Estado de Minas Gerais, visando mudar a situação econômica de várias regiões, com foco na geração de emprego e renda, recuperação de áreas degradadas ou degradantes, preservação do meio ambiente, absorção de carbono da atmosfera e retenção de carbono no solo.

O Programa também abrangerá todo treinamento e formação de mão de obra para a cultura, além de criar incentivos para as práticas ambientalmente corretas, tais como: destinação de embalagens de agrotóxicos, respeito as normas ambientais referentes a APP’s, Reserva Legal e Matas Siliares, respeito as normas trabalhistas, etc.

Já está em andamento a formação de mudas e jardins clonais em diversos locais, sob a coordenação da EPAMIG e MINAS HEVEA.

Saiba mais

Lições dos 20 anos de comércio de carbono florestal

Expoforest vai reduzir impacto gerado pelo evento com plantio de árvores

Embrapa e Banco Mundial apresentam propostas para redução das emissões de carbono

ABNT libera para votação projeto de norma sobre o mercado voluntário de carbono

Projeto de MDL que reutiliza resíduos de madeira no Pará é aprovado pela ONU

 

 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Água quente para todos?

O Sr José Alano, aposentado, morador da cidade de Tubarão em Santa Catarina, desenvolveu um sistema de aquecimento de água inovador em vários sentidos. Além de utilizar materiais que seriam descartados na natureza, tem baixo custo, é autônomo, utiliza-se de energia limpa (solar) e foi patenteado de forma que não possa ser comercializado.

 

Materiais envolvidos na montagem

 

O sistema utiliza garrafas “pet” de refrigerantes, embalagens “longa vida”, tubos de pvc e tinta preta. Esse é o material básico para se construir o sistema, que pode ser incrementado ou melhorado com modificações no projeto (como a utilização de canos de cobre, por exemplo), mas a idéia do projeto é possuir o menor custo possível, para viabilizar o cunho social.

 

Montagem do sistema de aquecimento

 

O coletor de energia solar é montado em placas de 1 metro quadrado aproximadamente. Cada placa tem autonomia para aquecer o equivalente ao consumo de 1 adulto e são montadas através de um processo simples, porém muito cuidadoso. As garrafas são cortadas de acordo com o gabarito fornecido no projeto, de forma que se encaixem perfeitamente umas nas outras, em fileiras de 5 garrafas. Dentro das mesmas, embalagens de leite longa vida pintadas de preto (para absorver o calor) se localizam logo abaixo do cano de PVC de 1/2 também pintado de preto, por onde a água circula.

 

Funcionamento do aquecedor

 

O esquema de funcionamento é muito simples. O sistema é montado de forma que o tanque reservatório de água fique acima do captador de luz, criando o desnível necessário para que a água se desloque para o sistema de aquecimento pela força da gravidade. Ao atingir os canos do aquecedor, a água exposta ao sol aquece gradativamente e muda sua densidade, devido ao calor, passando a subir pelos canos.

 

Conforme a água vai subindo, sendo aquecida continuamente, a água fria toma seu lugar na parte de baixo do sistema, empurrando a água aquecida para cima e fazendo-a se deslocar para o tanque. Como a água quente chega ao reservatório pela parte de cima e a água fria sai por baixo, cria-se uma separação naturalmente, dada a diferença de densidade. A água quente não utilizada no reservatório, ao esfriar, irá descer novamente para o sistema de aquecimento, fechando o ciclo.

 

Economia e Ecologia

 

O sistema de aquecimento ecológico tem uma vida útil de aproximadamente 200 a 400 anos, tempo que leva para os materiais utilizados – que seriam descartados na natureza – se degradarem. Durante dias ensolarados, entre as 10 da manhã e as 4 horas da tarde, a água aquecida pode atingir 58 graus centígrados, e na ausência de luz solar (por mal tempo ou durante a noite) a perda de temperatura é de 1 grau centígrado por hora, ou seja, até mesmo durante a noite o banho quente está garantido. A economia gerada é cerca de 40% em água e energia elétrica.

 

Todo o material explicativo sobre o funcionamento e a montagem do sistema está disponível gratuitamente para download. Se você não tem uma casa onde possa aplicar o projeto, divulgue-o. É uma ótima forma de contribuir para que ações como essa sejam cada vez mais difundidas e, quem sabe, possamos reverter (ou pelo menos conter) o quadro de degradação em que se encontra o meio ambiente.

 

Referências

 

Água para todos

Kit Água Quente Para Todos [PDF]

Reuso e reciclagem da garrafa PET

Como fazer pufe, cadeira e sofá de garrafas PET

 

Websítio: Tecnocracia

 

domingo, 20 de março de 2011

NOTICIAS MDL

Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais

 

A Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade de Borås, da Suécia, realizarão no dia 30 de março, em São Paulo

 

Fechamento do aterro sanitário de Gramacho gera audiência pública


Itamambuca Eco Resort participa do projeto Lixo Zero


Lixo como fonte de emprego e de rendimento, propõe ministra do Ambiente


Catadores do lixão de Gramacho querem que Rio amplie a coleta seletiva de lixo


Catadores são tirados do lixão, mas passam por dificuldades


POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS E A LOGÍSTICA REVERSA


Pequena cidade detém recorde alemão de reciclagem valorizando 70 dos seus resíduos


Comitê interministerial reforça Política Nacional de Resíduos Sólidos


TCE-PR libera licitação da limpeza urbana


Ação pioneira no CE para coleta seletiva de lixo


Um ano depois ...voltamos a limpa & nbsp;  


Lixo no Haiti


Chorume do novo aterro sanitário do RJ será tratado e reaproveitado


Campos com atendimento pleno da legislação sanitária e ambiental


Prefeitura de Palmas utiliza sistema de trituração de galhos de arvo res


Prefeito pode ser cassado por causa de lixão


O mercado do lixo hospitalar


BNDES poderá financiar projeto de renda para catadores de lixão


Como Fazer uma Caixa de Compostagem: Caixas de Compostagem Caseiras


Norte da Europa opta pela incineração


PPP do Lixo de Embu já é referência nacional


Estudo de impacte ambiental torna construções mais sustentáveis


Minc discute plano de ação para a desativação gradual do aterro de Gramacho

 

quinta-feira, 17 de março de 2011

PROJETO BIOREDES X NOTICIAS MDL

PróResíduos faz coleta de óleo vegetal usado
odiario.com
O PróResíduos está lançando uma campanha de coleta de óleo vegetal usado, na qual passará a recolher o material por meio de parceria com a empresa Ita ...

Catálise enzimática produz biodiesel mais verde
Agência Amazônia
Grandes projetos datam da década de 1970, com a criação do Pró-Álcool e do Pró-Óleo (Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos). ...

http://news.google.com/news/tbn/4wLfP_kjnJoJ
Agência Amazônia

Exposição vai mostrar sustentabilidade de Rondônia em São Paulo
Impactorondonia
... ecológico fabricado com pneus usados, embalagens sustentáveis confeccionadas com fibra, ... cuja principal matéria – prima é o óleo vegetal descartado. ...

Agentes ambientais atuarão no Jardim Casqueiro a partir de junho
Cubatão
Desde o início da ação, em 21 de outubro de 2010, já foram coletados 450 litros de óleo vegetal usado e mais de 30 quilos de pilhas e baterias descartadas. ...

Segurança de show da Shakira utilizará 'spray colante' em tumultos
Estadão
O spray é 100% brasileiro e libera um tipo de cola, feita à base de óleo vegetal e corante utilizado na indústria alimentícia e por isso não é tóxico e é ...

 

Web

4 resultados novos para ÓLEO VEGETAL USADO

 

Usina de biocombustível da Agespisa aumenta capacidade produtiva ...
Na Usina de Biocombustíveis da Agespisa, o óleo vegetal usado em frituras está ganhando um destino bem mais nobre. Em vez de ir para encanamentos, ...
www.tvecorural.com/.../4869-usina-de-biocombustível-da-age...

Akatu - Autores - Equipe Akatu
... foi a elevada viscosidade do óleo vegetal cru em temperatura ambiente, ... Óleo de cozinha usado pode contaminar água, solo e atmosfera ... Muita gente não sabe, porém, o que fazer com o óleo usado para preparar essas delícias. ...
www.akatu.org.br/Autores/Equipe-Akatu?pagina=9

Você já conhece o problema: óleo de cozinha que vai para o ralo e ...
Agora conheça a solução: transformar o óleo vegetal usado em sabão biodegradável . Essa é uma das ações do Instituto Triângulo para cuidar do meio ambiente e ...
www.triangulo.org.br/baner.swf

Minc e Marilene Ramos abrem programação da Semana - Portal do ...
Já o programa de coleta de óleo vegetal usado (Prove) alcançou 6 milhões de litros coletados no ano passado, o que reduz a poluição da água (estima-se que ...
www.governo.rj.gov.br/noticias.asp?N=63557

 

quarta-feira, 16 de março de 2011

CAÇADOR: UNIARP DESENVOLVE PROJETO DE RECICLAGEM DE ÓLEO

A Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) é uma das parceiras junto com o Governo do Estado, do projeto De Óleo no Futuro. O projeto faz parte do Programa Estadual de Coleta, Reciclagem e Beneficiamento do Óleo de Cozinha, lançado pela Diretoria de Saneamento e Meio Ambiente (DSMA), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável.

Instituído pela lei estadual nº 14.330, de 18 de janeiro de 2008 o Programa prima pela adoção de medidas de proibição de lançamento ou liberação de poluentes nas águas ou solo. 

O objetivo é conscientizar alunos e sociedade em favor do meio ambiente, favorecendo a reciclagem dos óleos e gorduras, desde a coleta, transporte e revenda, até os processos industriais de transformação.

A UNIARP participa do programa na fase de coleta e transformação do óleo recolhido em sub-produtos, como biodisel, sabonetes, sabão e outros. Para isso, está utilizando sua estrutura de laboratórios, quadro docente e acadêmicos, numa ação que conscientização ambiental e aprendizagem. O trabalho, que já começou com a produção de sabão em barra, será apresentado durante as festividades dos 77 anos de Caçador, de 25 a 27 de março no Parque das Araucárias, no stand da UNIARP na Feira Multissetorial.

Faça a sua parte!

A UNIARP estará com um ponto de coleta de óleo de cozinha usado no stand no Parque das Araucárias. Quem quiser e puder colaborar, receberá em troca uma amostra de sabão em barra, produzido a partir da reciclagem do óleo.

O processo de reciclagem do óleo é simples, mas exige a contribuição de todos para funcionar devidamente. Depois de usado o óleo de fritura, deve ser resfriado e armazenado em uma garrafa pet. Depois a garrafa deve ser levada ao ponto de coleta. Produtos como sabão, detergente, adubo orgânico, sabão em pasta e massa de vidro são resultados da reciclagem do óleo.

Fonte:

 

 

Reaproveitamento de resíduos em Sorriso gera emprego e renda

Fonte: Sany Lisboa

 

O município de Sorriso é referência em Mato Grosso no que se refere à política de coleta seletiva e destinação de resíduos. Por meio de decreto, a prefeitura criou a Comissão Técnica para o Gerenciamento de Resíduos, que redefine as políticas na área. Esse grupo é formado por servidores públicos, secretários municipais, coordenadores e pessoas da comunidade, como líderes comunitários e catadores.

Baseado nesta política, uma parceria entre os catadores e a prefeitura possibilitou a reativação da Cooperativa de Seleção e Comercialização de Material Reciclável (Coopermars). Além da assessoria jurídica para a regularização da entidade, o órgão disponibilizou um caminhão para a cooperativa, que também adquiriu outro veículo. Os cooperados também receberam 20 carrinhos adaptados para recolherem os recicláveis da cidade. Um trabalho de divulgação foi feito e toda a toda a comunidade, principalmente os comerciantes e industriais que são grandes geradores de resíduos, estão envolvidos no trabalho. Eles separam os recicláveis para serem recolhidos pelos carrinhos e pelos caminhões.

Quando chegam à cooperativa , os materiais recolhidos como papelões, garrafas pet, entre outros, são separados e passam por uma prensa. Empresas do ramo localizadas em Sorriso e de municípios vizinhos compram esse material prensado. "O material reciclável resultava em um volume grande para o aterro sanitário e quando era enviado para aquele local, diminuía a vida útil das valas", explica o prefeito Chicão Bedin.

Reciclar

Outra ação resultante dessa nova política é o programa Reciclar, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento em parceria com a Agrosoja . O projeto promove a saúde ambiental e o desenvolvimento de ações voltadas para o reaproveitamento adequado do óleo residual de fritura, produzido nos estabelecimentos comerciais e lares do município de Sorriso.

No ano passado foram coletados 12.500 litros de óleo, deste modo o processo de incentivo à reciclagem faz com que os resíduos de óleo não sejam reaproveitados para o consumo humano, o que traz malefícios à saúde, e também não sejam descartados de forma inadequada para gerar outros resíduos poluentes.

Os postos para o recolhimento funcionam nos grandes supermercados da cidade. A cada seis litros de óleo de fritura, o morador recebe um litro de óleo novo. Todo o resíduo recolhido é comprado pela empresa Agrosoja que o transforma em biodiesel. Além de pagar os supermercados, o dinheiro é revertido para financiar ações do próprio projeto. "Ações simples como essa trazem impactos positivos para o meio ambiente. E para fazer não é necessário dispor de grandes investimentos, só é preciso empenho e organização. Além da condução do próprio Poder Público, a participação da comunidade nestas iniciativas é fundamental para que a ação dê resultado significativo. Grande parte da população de Sorriso está consciente do seu papel neste processo", avalia o prefeito Chicão Bedin.