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sábado, 24 de abril de 2010

Encontro Estadual de Catadores em Minas Gerais

Catadores de reunirão no Centro Mineiro de Referência em Residúos

Com objetivo de discutir a Política Estadual de Resíduos Sólidos, bem como a implantação da Coleta Seletiva nos municípios de Minas , considerando a inclusão sócia produtiva dos catadores de recicláveis, será realizado nos dias 23 e 24 de março, o 1º Encontro Estadual de Catadores. O evento, que acontecerá no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), vai reunir representantes de prefeituras e catadores de diversas regiões do Estado.



Durante os dois dias de trabalho serão discutidos temas relacionados à alternativas para geração de trabalho e renda a partir da inclusão desses trabalhadores no processo de implantação da coleta seletiva em Minas Gerais.



“O encontro é um espaço para ampliação do diálogo entre os governos municipais, estadual e o Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis (MNCR). Uma oportunidade ímpar para trocar informações e mobilizar para os governos no sentido de incluírem esses trabalhadores nas legislações e políticas públicas”, ressalta o coordenador do setor de Mobilização Social do CMRR, José Aparecido Gonçalves, que reforça que a Lei Estadual de Resíduos – Lei 18031/2009, já traz importantes referências acerca da coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos, dando especial destaque à atuação dos catadores de materiais recicláveis nesses processos.



São esperados representantes de cerca de 140 municípios onde já existe alguma ação no sentido da implantação da coleta seletiva. A estimativa é que sejam reunidas cerca de 400 pessoas para o evento.



O 1º Encontro Estadual de Catadores faz parte de uma série de atividades que serão desenvolvidas durante os dias 23, 24, 25 e 26 de março no CMRR na Semana da Água 2010.



Interface com as prefeituras

Um processo efetivo de implantação e consolidação de coleta seletiva num município requer a soma de esforços de todos os agentes envolvidos, desde catadores, gestores, técnicos, apoiadores e a sociedade em geral. Neste sentido, o diálogo e a interação com os técnicos municipais faz-se imprescindível para o alcance das metas deste Encontro.


O MNCR tem atualmente um dado, ainda em fase de consolidação, de que, em Minas existem cerca de 80 organizações de catadores de materiais recicláveis distribuídas em 67 municípios. Essas organizações contam com a participação de aproximadamente 2.250 pessoas, e se encontram em estágios distintos de atuação devido às diversas realidades locais.


Coleta seletiva

A Lei Estadual 18.131/2009 incita os municípios a fazerem o Plano Integrado de Resíduos Sólidos, incentivando a disposição correta e implantação de mecanismos para o gerenciamento de resíduos, como a coleta seletiva. Com o apoio da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), CMRR e parceiros como Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (Insea) e a Fundação Israel Pinheiro (Fip), foram implantados sistemas de coleta seletiva em 34 municípios, em 2009.


O programa ‘Minas sem Lixões’, uma ação do Projeto Estruturador Resíduos Sólidos, do Governo de Minas, ganhou mais proporção ao trabalhar em parceria com as Universidades Federais de Lavras e Viçosa e com a Fip. Essas parcerias ampliaram o alcance do trabalho da Feam e do CMRR, que também é um programa do Governo, na aproximação com municípios, principalmente, com os que têm dificuldade quanto à capacidade técnica para resolver as questões relativas à destinação de resíduos.



Inscrição

Para participar do Encontro é necessário se inscrever. Preencha a ficha que está no site e encaminhe para elizane.arruda@cmrr.mg.gov.br. Mais informações e inscrições pelo (31) 3465-1211 begin_of_the_skype_highlighting (31) 3465-1211 end_of_the_skype_highlighting.



Programação



Dia 23 de março

08h30 – Credenciamento e Café Mineiro

09h – Abertura do 1º Encontro Estadual de Catadores e dos eve

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Brasil vai criar 10 milhões de hectares de unidades de conservação

Em reunião com os presidentes dos parlamentos da Noruega, Dag Tarje Andersen, e do Povo Sami, Egil Olli, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira (12/4)que iniciativas como o Fundo Amazônia podem mostrar ao mundo que o Brasil é capaz de assumir seus compromissos e reduzir o desmatamento da Floresta Amazônica.

Ela falou à comitiva norueguesa que o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) faz parte da estratégia brasileira para criar novas unidades de conservação (UC), e adiantou que serão criados 10 milhões de hectares de Ucs na Amazônia nos próximos 10 anos, na segunda fase do Arpa. Nos últimos sete anos, o Brasil foi responsável pela criação de 70% de todas as unidades de conservação criadas no mundo. Para a ministra, o Fundo Amazônia é a base para a implementação do Programa.

A Noruega foi o primeiro país a fazer doação para o Fundo Amazônia. No primeiro ano, foram doados US$ 140 milhões. O governo norueguês anunciou, no entanto, que suas doações podem totalizar US$ 1 bilhão até 2015, condicionadas à redução do desmatamento nos anos anteriores. A ministra disse que o governo brasileiro trabalha na capacitação social para que todos os grupos da região amazônica interessados possam enviar seus projetos e requerer recursos do Fundo.

Ela destacou a redução de 51% do desmatamento da Amazônia de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, comparado ao mesmo período anterior. "É uma queda sobre o menor índice da história", salientou Izabella, ao lembrar que entre agosto de 2008 e julho de 2009 o Brasil registrou a menor taxa de devastação dos últimos 21 anos (quando o monitoramento começou a ser feito), com 7 km² de floresta desmatada.

A ministra explicou ao presidente Andersen que a queda é resultado tanto das ações de repressão ao crime ambiental executadas pela Comissão Interministerial de Combate ao Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) - que conta com o Ibama, Polícia Federal e Força Nacional - quanto das alternativas sustentáveis para os municípios e povos da floresta. Dentre elas, as políticas para a sociobiodiversidade, como a que garante preço mínimo para produtos como o açaí, babaçu, borracha, carnaúba, castanha, pequi e piaçava.

Para este ano, Izabella adiantou que dez novos itens serão incluídos nesta lista. A garantia de preço mínimo para esses produtos proporciona renda para as comunidades tradicionais e amplia a proteção da floresta, uma vez que as árvores em pé garantem o sustento das populações locais.

A ministra também citou a operação Arco Verde, que leva alternativas de desenvolvimento sustentável para os 43 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2008.

Para ela, o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal vai permitir o desenvolvimento sustentável da região, tanto na área urbana quanto na rural.

Mudança climática

Izabella pediu ainda o apoio dos noruegueses à convenção do clima, que acontecerá em dezembro em Cancún. Segundo ela, o Brasil vai "trabalhar fortemente" pelo diálogo entre os países a fim de alcançar um bom resultado na conferência.

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Especialistas defendem mudanças para melhorar o MDL

Mudanças climáticas

Mesmo sem um acordo internacional forte para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) não está morto, porém precisa de muitas modificações para alcançar de todo o seu potencial

Por Fernanda B. Muller, do CarbonoBrasil

“Quioto pode estar aqui para ficar”, disse Andrew Howard gerente da Unidade de Desenvolvimento Estratégico do secretariado de mudanças do clima da ONU (UNFCCC, em inglês). “O Protocolo não expira em 2012, apenas as metas dos países. Portanto, o MDL só acabará quando assim for determinado pela ONU”, explicou Howard.

As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) geradas por projetos de MDL são aceitas e utilizadas em diversos esquemas, como, por exemplo, no mercado europeu que já tem metas bem determinadas até 2020. O futuro esquema norte-americano também deve utilizá-las.

Para Howard, o MDL pode ser um “fornecedor global de compensações (de emissão)”, mesmo se não houver um segundo período de compromissos sob o Protocolo de Quioto.

Mudanças

Entretanto, para que MDL continue sendo um mecanismo importante na redução de emissões precisa sofrer modificações significativas.

Felipe Bottin, da empresa brasileira Green Domus, explica que a oferta de RCEs no mercado é crescente, porém a taxas cada vez menores. Os volumes de redução de emissões também diminuíram, mas segundo ele isto se explica pelo fato de agora estarem sendo aceitos projetos menores.

O que falta para o mercado se desenvolver melhor, de acordo com Bottin, é confiança da parte do investidor, especialmente no período pós 2012, além de regras mais claras e simplificadas.

Ricardo Esparta, co-fundador do grupo Ecopart e membro do painel de acreditação do MDL, confessa que mesmo após quase dez anos da criação do conceito de adicionalidade ainda é difícil de entendê-lo.

“A adicionalidade é o que o comitê executivo (do MDL) quer que seja. Infelizmente hoje pendeu para a adicionalidade financeira”, disse. Clamando por maior comunicação entre os atores do MDL, Esparta falou que apenas sendo membro do painel é possível opinar e finalmente questionar como as coisas serão implantadas.

“É preciso torná-lo algo que seja aplicado no mundo real”, comentou em relação ao MDL.

No ponto de vista do comprador, o gerente geral da Green Initiative Carbon Assets (GICA) Guglielmo Cioni cita que o grande problema são os baixos volumes sendo que a previsão inicial do MDL era a geração de 1,7 bilhões de RCEs e atualmente as estimativas giram em torno de um bilhão.

“Algo está errado, o mercado deveria ser maior”, critica Cioni que cita o exemplo do mecanismo de Implementação Conjunta onde contratos bilaterais são fechados. Por exemplo, a Ucrânia pode gerar os projetos e após a validação e verificação as Emissions Reductions Units (ERUS) são expedidas sem ter que passar por um longo processo como no MDL. Ele defende que o Brasil já está também estruturado e questiona por que o país não pode seguir o mesmo caminho.

América Latina

Além dos problemas enfrentados pelo MDL, os países da América Latina encaram outro obstáculo. Eles foram pioneiros no contexto do mecanismo, porém não é segredo que nos últimos anos estes países tem ficado para trás em comparação com China e Índia, fornecedores de grandes volumes de RCEs.

Para reverter esta tendência existem algumas opções, que para Luz Abusaid, do BNP Paribas, envolve o MDL Programático. Esta abordagem pode reunir diversos pequenos projetos, que sozinhos não seriam viáveis economicamente, e criar projetos com volumes mais significativos de RCEs que poderiam concorrer com os gigantes asiáticos.

Além disso, Luz comentou que presenciou em Copenhague uma grande desunião dos latino-americanos e que estas divisões políticas debilitam muito estes países face ao mercado de carbono. “É necessária uma posição unificadas para que a região se fortaleça”, insiste.

Fonte: Carbono Brasil

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terça-feira, 13 de abril de 2010

Incentivo econômico para municípios que ecologizam o uso e ocupação do solo

A concessão de incentivos econômicos por leis como as do ICMS ecológico, adotadas em alguns estados brasileiros, mostrou bons resultados ao motivarem os municípios a priorizar temas como criação e manutenção de unidades de conservação, investimentos em saneamento, investimentos em proteção ao patrimônio cultural. Prejuízos causados por deslizamentos de encostas e inundações urbanas podem ser prevenidos caso se estendam tais incentivos a municípios que exerçam sua responsabilidade ambiental, com efetivo controle ambiental do uso do solo integrado com a gestão das águas. Incentivar economicamente as ações de proteção de áreas não edificáveis, de recomposição ambiental e contenção da ocupação de encostas e de áreas de risco, de macro e micro drenagem, sistemas de alerta catalisaria a articulação e coordenação de ações, para dar respostas social e ecologicamente adequadas a essa questão.

Os Estados e o governo federal podem auxiliar efetivamente os municípios a atuarem preventivamente, por meio de incentivos econômicos. Podem criar motivações para que seja priorizada a ecologização do uso e ocupação do solo, o que significa aplicar os conhecimentos das ciências ecológicas, e especialmente da ecologia urbana, às decisões sobre o uso e ocupação do solo.

Ao invés de se distribuir aos municípios verbas para atuarem em emergências, depois que os desastres já ocorreram, um sistema como o do ICMS ecológico premiaria os municípios que atuassem preventivamente. A ação preventiva é freqüentemente mais eficaz e mais econômica do que a ação corretiva, depois que ocorreram desastres.

Pela Constituição Brasileira os municípios são os entes responsáveis pelo uso e ocupação do solo, em suas áreas urbanas e rurais. Em sua maioria os municípios não exercem essa atribuição legal. Quando ocorre uma calamidade, buscam a defesa civil para socorrer as vítimas, recorrem à ajuda de outras esferas de governo e à solidariedade social. Um comportamento comum dos municípios é recorrer aos cofres federais ou estaduais quando sua população assentada em áreas frágeis é atingida por uma enchente ou deslizamento de encosta. Então, o governo federal e os estaduais atuam corretivamente ao dar socorro financeiro a municípios nesses momentos de desastres.

Criar e oferecer incentivos econômicos para os municípios que demonstrem agir de forma responsável com o uso e ocupação do solo pode ser uma forma eficaz de motivá-los.

Em contextos de escassez de recursos financeiros, a disposição a receber é mais alta do que a disposição a pagar. Com os incentivos financeiros, aqueles que protegem, recebem; já aqueles que permanecem dando um uso inadequado ao solo, perdem dinheiro para os que os usam de forma responsável. As municipalidades que não investirem em uso e ocupação do solo responsável não receberão o recurso.

A adoção desse sistema depende da existência de governos comprometidos em reduzir desigualdades entre áreas pobres e ricas; conscientes da necessidade de ecologizar das políticas públicas e do uso e ocupação do solo. É essencial a existência de um conselho de política ambiental ativo, que operacionalize o incentivo econômico.

O incentivo promove a competição entre municípios e valoriza o exemplo daqueles que alcançam resultados. Para usufruírem dos benefícios do ICMS, os municípios precisam fazer o dever de casa, agir tecnicamente, abandonar expectativas de conseguir recursos sem realizar previamente seu trabalho. Precisam dispor de pessoal técnico qualificado para elaborar projetos e para implementá-los. É importante a existência de pessoas motivadas nas instituições públicas, capazes de formular e implementar a engenharia técnica da lei e de seus regulamentos.

A ação de incentivo pode ser combinada com a penalização dos gestores nos diferentes níveis de governo que não demonstram responsabilidade ambiental, ao gerenciar de forma inadequada o uso e ocupação do solo.

Os prefeitos municip

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pesquisa identifica árvores mais adequadas para arborização de pastagens na Amazônia

Depois de três anos de trabalho, pesquisadores da Embrapa Acre e da Embrapa Rondônia, unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, identificaram espécies nativas da Amazônia com maior potencial para arborização de pastagens. A pesquisa encontra-se agora na fase de sistematização de resultados. Foram utilizados como parâmetro 14 fatores de classificação, como arquitetura de copa e produção de frutos comestíveis, que permitiram o ranqueamento das melhores árvores. Especialmente em regiões quentes, como no Norte do Brasil, pesquisas mostram que o gado criado em pastagens sombreadas vive melhor, ganha peso mais rápido e produz mais leite.

A pesquisa teve início em 2007, quando foram feitas as primeiras atividades em campo. Os pesquisadores visitaram propriedades em que árvores nativas conviviam com as pastagens para coletar informações e o material botânico que permitiu a identificação precisa de cada espécie.

Um dos aspectos levados em consideração foi a arquitetura da copa. Zootecnista e pesquisadora da Embrapa Rondônia, Ana Karina Dias Salman explica que, uma boa planta para arborizar pastagens deve ao mesmo tempo oferecer sombra aos animais e permitir passagem de luz suficiente para que a gramínea não morra

Outro aspecto importante a ser observado é a disposição das raízes. Como os animais costumam deixar sob as árvores, é importante que as raízes não sejam superficiais e expostas, o que causaria desconforto. A presença de frutos comestíveis é um ponto positivo, mas é preciso evitar as árvores com folhas ou frutos tóxicos aos animais. Tolerância a ataque de insetos e rápido crescimento também foram avaliados.

Todas essas características foram sistematizadas e as espécies ganharam uma nota de 1 a 5 por indicador. Os indicadores são utilizados para compor o Índice de Seleção Arbórea (ISA), que indica se uma planta, no final das contas, é boa ou não para arborização de pastagens.

O trabalho classificou ao todo 37 árvores. A que se mostrou mais adequada para arborização é conhecida popularmente no Acre como bordão-de-velho e em Rondônia como baginha. Entre os cientistas ela é conhecida como Samanea tubulosa, uma planta leguminosa que, além de proporcionar sombra na medida adequada, produz um fruto doce bastante apreciado pelo gado.

Serviços ambientais

Além de oferecer sombra para o gado, as árvores prestam serviços ambientais à propriedade. As raízes ajudam a reter água no solo e evitam erosão. Algumas espécies, especialmente as leguminosas, possuem a capaciade de fixar no solo, em associação com microrganismos, o nitrogênio atmosférico, cuja deficiência representa um dos principais fatores de degradação de pastagens cultivadas em regiões tropicais. Em outras palavras, além do gado, a gramínea forrageira também se beneficia com a presença das árvores.

O ranking das 37 melhores árvores nativas para arborização de pastagens deve dar origem a um guia de campo. “A ideia é que ele seja uma referência para o produtor, de modo que ele possa escolher as árvores mais adequadas para manter na pastagem”, explica a pesquisadora Ana Karina. Assim que finalizados, os resultados de pesquisa serão publicados pela Embrapa e disponibilizados à população.

Bordão-de-velho apresentou as melhores características para arborização de pastagens.
Embrapa Rondônia
www.cpafro.embrapa.br
Porto Velho (RO): BR 364 (sentido Cuiabá) – km 5,5

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Óleo de cozinha: Piauí espera limpar esgoto com usina

solução”. A fala do presidente da Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), Merlong Solano, reflete a esperança depositada sobre a usina de biodiesel inaugurada nesta sexta-feira na Estação de Tratamento de Esgoto do Pirajá. A usina nasce para beneficiar uma demanda mensal de 5 mil litros, coletada através do Programa Água Pura.

A demanda inicial a ser aproveitada pela Agespisa na Usina de Biodiesel é de 90 mil litros de óleo de cozinha. “Coletamos 90 mil litros. Uma parte nós direcionamos a usinas de outros Estados e há um estoque a ser utilizado a partir de agora”, explica o presidente da Agespisa. Com uma demanda de 5 mil litros por mês a ser beneficiado a usina tem um viés tanto operacional quanto ambiental. “A experiência é retirar o óleo que prejudica o nosso sistema e o meio ambiente e com isso o governo completa o projeto de reciclagem do óleo de cozinha e material de limpeza”, pontua. Do óleo coletado não será produzido apenas biodiesel. “90% será transformado em biodiesel e 10% em glicerina que é matéria para a produção de material de limpeza”, ressalta Merlong Solano. A glicerina produzida será utilizada em uma parceria social a ser feita pela Agespisa com Organizações Não Governamentais (ONG´s). “Estamos fazendo parcerias para a produção de materiais de limpeza. A Agespisa cederá o material e fornecerá cursos cobrando apenas que as pessoas apresentem sua conta em dia com a Agespisa”, relata o presidente da empresa sobre o projeto com a glicerina.

Além dos consumidores, várias empresas estão recolhendo óleo para o projeto. Cada litro recolhido representa um desconto de R$ 0,30 na conta de água no final do mês. Para o governador Wellington Dias (PT) o projeto representa uma solução tanto para o meio ambiente quanto para o próprio sistema de esgotamento sanitário. “Nós estamos fazendo uma política ambientalmente correta. O que fazer com o óleo depois que você faz o pastel, as frituras, o óleo inservível? Normalmente se despeja na pia, no esgoto ou no rio, onde invariavelmente vai para a natureza”, destaca o governador.

O biodiesel produzido através da usina será utilizado nos carros da Agespisa. “Tem um viés ambiental, operacional porque melhora o sistema e social porque insere grupos interessados”, comentou Merlong Solano. “Imagina o estrago que 100 mil litros jogados na pia fazem nos rios Parnaíba e Poti”, disse o governador.

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As mil e uma utilidades de um líquido negro que vale ouro

Todo final de dezembro, muitas casas estão recheadas de brinquedos embaixo de uma árvore de natal, de garrafas de refrigerantes nas geladeiras e de velas entre os arranjos de frutas sobre a mesa. Ao consumir esses produtos, pouca gente imagina que a parafina da vela e o plástico das garrafas e dos brinquedos se originam do ouro negro extraído da terra e de águas profundas: o petróleo. Além de literalmente mover a economia, baseada em grande parte pelo transporte rodoviário de mercadorias, através de seus derivados combustíveis, o petróleo é a fonte inicial de matéria-prima para toda uma cadeia produtiva que envolve indústrias dos mais diversos setores.

O petróleo é um recurso mineral formado por uma grande mistura de compostos. A partir do seu refino, são extraídos diversos produtos, como gasolina, diesel, querosene, gás de cozinha, óleo combustível e lubrificante, parafina e compostos químicos que são matérias-primas para as indústrias de tintas, ceras, vernizes, resinas, extração de óleos e gorduras vegetais, pneus, borrachas, fósforos, chicletes, filmes fotográficos e fertilizantes.

Será então que a alta do barril do petróleo - matéria-prima inicial para tantos produtos finais de consumo -, no mercado internacional, afetaria os preços de toda a sua cadeia de derivados? "Afeta, obviamente, mas a intensidade e a velocidade dependem de muitas coisas", diz o economista Juarez Rizzieri, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe-USP). Rizzieri, que é coordenador-adjunto da equipe que mede o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), comenta: "O efeito maior e direto é sempre no combustível, mas mesmo assim, a Petrobras e o governo sempre estudam antes de repassar aumentos externos ou de câmbio". E em relação aos produtos gerados a partir do petróleo, ele avalia: "Quanto menor for o monopólio da Petrobras, menos pressão de custo para a indústria e para a cadeia direta dos derivados".

A primeira etapa do refino do petróleo, que envolve quatro fases, produz através da destilação por pressão atmosférica, além dos combustíveis, a matéria-prima básica para toda a cadeia de produção das resinas plásticas: a nafta. A Petrobras é a fornecedora exclusiva de nafta no Brasil, atendendo à demanda com a produção de suas refinarias e com importações. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o país produziu, de janeiro a setembro de 2002, 42,5 milhões de barris do produto e importou outros 12,6 milhões. A Petrobras fornece a nafta para três centrais de matérias-primas da indústria petroquímica: a Petroquímica União, de São Paulo, a Copesul, do Rio Grande do Sul, e a Braskem (antiga Copene), da Bahia. Essas centrais decompõem a nafta, produzindo para a segunda geração das indústrias do setor os petroquímicos básicos, como eteno, propeno, benzeno e tolueno, e os petroquímicos intermediários, como o cicloexano e o sulfato de amônia.
Nafta, produto incolor extraído do petróleo e matéria-prima básica para a produção de plástico.

"Na primeira etapa da decomposição, a nafta vai para fornos de alta temperatura, onde é quebrada" explica Jenner Bezerra, engenheiro químico da Braskem. "Depois, os gases que saem dos fornos são levados para uma área de compressão; por fim, é feita a separação dos compostos em baixa temperatura, por colunas de destilação ou fracionamento", continua. Um dos produtos dessa fase do processo petroquímico, o eteno - nome comercial do etileno (C2H4) - é matéria-prima para a produção de polímeros como o polietileno tereftalado (PET) e o policloreto de vinila (PVC), que por sua vez são fornecidos para as indústrias transformadoras de plástico, para as mais diversas aplicações. "Através de reatores de polimerização, as moléculas de eteno reagem, se juntam e formam as cadeias de polímeros", completa Bezerra.

A Braskem, que produz 4,25 milhões de toneladas de petroquímicos por ano e tem faturamento anual acima de R$ 7 bilhões, é a maior petroquímica da América Latina e uma das

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