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domingo, 9 de maio de 2010

Dois projetos de MDL são selecionados para receber apoio do Gold Standard

Empresários da área de energia renovável não-convencional e eficiência energética se reuniram nos dias 7 e 8 de dezembro, na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, para participar do primeiro workshop sobre como obter a certificação Gold Standard em projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil. O evento reuniu cerca de 60 pessoas.

No Brasil, ainda não há projetos certificados que tenham o selo, mas nesta sexta-feira foram selecionados dois projetos para aplicar a metodologia com o apoio da empresa de consultoria IT Power. Um deles é de geração de energia por meio de biomassa para comunidades locais no Pará e outro é de geração de energia por meio de captação de metano numa fazenda de gado de corte no Rio Grande do Sul.

No primeiro dia de workshop organizado pelo WWF-Brasil, represtnantes da ONG, do IT Power, da Fundação Gold Standard e do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-CES) explicaram o que é o selo, como obtê-lo durante o processo de certificação de MDL e quais os objetivos da divulgação do assunto no Brasil.

"É preciso mostrar que os projetos de MDL brasileiros podem ter um forte componente de desenvolvimento sustentável e não só de redução nas emissões de gases de efeito estufa", explica Karen Suassuna, técnica em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil. "O selo Gold Stantdard é uma garantia de que há este diferencial", completa.

O Gold Standard pode ser aplicado somente em projetos de energia renovável não-convencional e eficiência energética. Apesar de a matriz energética brasileira ser considerada limpa, o país precisa gerar mais energia para crescer. "Por isso, é importante começar a pensar agora nas questões de eficiência energética e utilizar fontes diversificadas de energias renováveis não-convencionais para que o Brasil cresça de maneira sustentável", explica Manuel Fuentes, representante do IT Power.

Para o engenheiro químico Jorge Alberto Scotta, da Biocarbon Gestão Ambiental, o selo é vantajoso porque, além de agregar valor ao projeto de MDL garante que as questões ambientais estão sendo respeitadas. "Quando meus filhos souberam disso, eles ficaram muito felizes em pensar que o pai deles está ganhando dinheiro ao ajudar o planeta." Scotta participou dos dois dias do evento e apresentou o projeto selecionado de captação de metano em fazenda de criação de gado.

Segundo o consultor Shigeo Watanabe Junior, o mercado de carbono deve gerar, no mundo, US$ 10 bilhões só em 2007. "Ainda é um mercado em crescimento que deve aumentar depois de 2008, quando for aprovada a segunda parte do Protocolo de Quioto", explica. Para ele, o Gold Standard é importante ao aumentar o valor financeiro do projeto e diminuir o risco com o investidor. "Com certeza, irei aplicar a metodologia aos meus projetos em certificação", acrescenta.

No segundo dia do evento, os consultores do IT Power e do Gold Standard identificaram 17 projetos brasileiros com potencial de receber a certificação. Eles agora devem fazer o passo-a-passo explicado durante o workshop e submeter normalmente os projetos às validadoras.


MDL e o Protocolo de Quioto

O objetivo principal dos projetos de MDL é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mas, para compreender melhor o que isso significa é preciso voltar ao ano de 1997, quando a comunidade internacional fechou um acordo para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, o Protocolo de Quioto. Neste mecanismo da Convenção do Clima, os países desenvolvidos têm até 2012 para reduzir suas emissões em 5,2% tomando como base o ano de 1990. Além de cortar localmente suas emissões, os países desenvolvidos podem também comprar uma parcela de suas metas em créditos de carbono gerados em projetos em outros países. A Implementação Conjunta garante créditos obtidos de países desenvolvidos e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) permite que estes créditos venham de países em desenvolvimento, como o Brasil.

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referente a: http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/modelos/locacao/contrato.htm (ver no Google Sidewiki)

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