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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PROJETO ANGOLA "LNG" PODE GERAR US$ 180 MILHÕES COM CRÉDITO DE CARBONO

“Uma tonelada de carbono está a ser comercializada a 10 euros, isto é 14 dólares, então estamos a falar de um benefício anual de 180 milhões”

Luanda - O projeto Angola “LNG”, instalado no município do Soyo, província do Zaire, no norte do país, poderá “render” anualmente US$ 180 milhões de dólares, com rentabilidade da venda do chamado “credito de carbono”, afirmou, sexta-feira, em Luanda, o chefe da missão do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jorge Moreira da Silva.

Em declarações à imprensa no final da palestra sobre “Políticas Ambientais e Mecanismos de Financiamento para Projetos de Carbono” dirigido à sociedade civil, disse que o referido projeto vai permitir a redução de emissões de gases de efeito de estufa, em 13 milhões de toneladas de dióxido de carbono, por ano.

“Uma tonelada de carbono está a ser comercializada a 10 euros, isto é 14 dólares, então estamos a falar de um benefício anual de 180 milhões”, afirmou Jorge Moreira da Silva.

O projeto, que ainda aguarda pela sua aprovação, por parte das Nações Unidas, arranca em 2012 e vai permitir que os gases que forem produzidos durante a prospecção do petróleo e gás sejam capturados e levados a uma fábrica para a sua purificação ou liquefeitos.

Posteriormente serão colocados em recipientes adequados e exportados aos países interessados em navios.

De acordo com informações obtidas pela missão do PNUD em Angola a quando da sua visita àquele projeto no Soyo, vários países, incluindo os Estados Unidos, já manifestaram o interesse de comprar esse gás, que poderá ser utilizado para fins diversos, como de eletricidade e consumo domésticos.

“Esses gases serão produzidos durante a prospecção do petróleo e gás. Na saída desses pelas chaminés das plataformas petrolíferas e ao serem queimados emitem gases com efeitos de estufa, que são negativos para o ambiente, assim o projeto Angola “LNG vai capturar esses gases leva-los para a fábrica, onde são purificados e colocados em navios para a sua exportação”, explicou o chefe da missão do PNUD em Angola.

Para Jorge Moreira da Silva, o projeto Angola “LNG” é uma ação que demonstra a vontade política e empenho do Governo angolano com relação às questões ambientais e não só.

Angola, para além desse projeto, possui uma lista de outras 59 ações ligadas aos mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), que serão submetidos paulatinamente ao painel das Nações Unidas para a sua aprovação.

Jorge Moreira da Silva garantiu que mesmo com o termino das negociações do Protocolo de Kyoto, previsto para 2012, a União Europeia já decidiu comprar os créditos de carbonos vindos dos países da lista das nações menos avançadas, como é o caso de Angola.

Ao seu ver, Angola tem o seu edifício institucional bem desenhado e está a cumprir com os compromissos assumidos, no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

“A questão das alterações climáticas estão a ser assumidas com grande interesse por parte de Angola, e o PNUD vai continuar a desenvolver os planos de cooperação no que diz respeito a esta temática”, garantiu.

Durante cinco dias, a missão do PNUD em Angola, a convite da ministra do Ambiente, Maria de Fátima Jardim, procurará discutir com o Governo as estratégias que permitem o país enfrentar os desafios das alterações climáticas, tirando benefícios económicos dessas estratégias.

Fonte: http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=12189502&canal=213

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