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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Rios voadores com água da Amazônia em ação

A bacia amazônica capta entre 12 mil e 16 mil quilômetros cúbicos de água pro ano e apenas 40% desse volume escorrem pelos rios. O restante se esvai na atmosfera pela evapo-transpiração das florestas e se distribuem pela América do Sul. O desmatamento está reduzindo essa umidade que, viajando no vento, contribui para o equilíbrio hídrico de extensas áreas do continente, além de acentuar a erosão e a drenagem superficial que retira água dessa irrigação natural tanto da Amazônia como de terras agrícolas distantes.

Mário Osava, Terramérica" (leia o texto completo no link acima)

Eu fiz uma série de reflexões sobre as conseqüências do desmatamento da Amazônia para nossa vida no sudeste.

Aqui no estado de São Paulo está acontecendo enchentes.

Chuva recorde (agravada por um governador que não desassoreou rios e manteve reservatórios cheios antes da temporada de chuvas).

Sabe de onde vem toda esta água: da Amazônia.

"Fenômenos nos oceanos Pacífico e Atlântico empurram a umidade da floresta amazônica para as regiões Sul e Sudeste.

Em São Paulo, concreto joga mais calor na atmosfera; janeiro bateu recorde de chuvas na cidade e previsão é que continuem até março".

"A maior contribuição de chuva durante o verão é a umidade e o aquecimento decorrente da própria época em que estamos", afirma o pesquisador Carlos Augusto Morales, chefe da estação meteorológica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo".

Existem ainda outros fatores climáticos inflando a potência das chuvas principalmente sobre São Paulo, diz o especialista. "Adicionalmente, temos a atuação do El Niño ... e de uma zona de convergência de umidade", afirma Morales.

Enquanto no primeiro caso o aquecimento rápido das águas do oceano altera o padrão de ventos sobre grande parte da América do Sul, no segundo existe uma conexão direta entre floresta amazônica e São Paulo.

"A umidade daquela região está sendo trazida para o Sudeste e o Sul do Brasil", diz Morales. A umidade que vem do Norte é resultado direto do aquecimento das águas do Atlântico. Fenômeno também observado pelos cientistas nesta época do ano.

A região metropolitana de São Paulo, não bastasse a umidade acima média que chega até ela, tem mais um agravante, diz Augusto Pereira Filho, também da USP.

Por causa da impermeabilização, afirma o especialista, as chuvas aqui têm ocorrido de forma mais rápida e concentrada. O calor que emana do concreto paulistano joga mais calor na atmosfera. Isso engorda as nuvens, que descarregam água de forma mais violenta".

(Folha de São Paulo)

A água da Amazônia sempre chove pelo Brasil.

O fenômeno que acompanhamos agora é o que sempre acontece, mas em maior escala.

Em menor escala é fonte de vida e de bem estar para todos nós.

Nossa vida é melhor com a amazônia preservada.

Lembre-se disso.

Leia também:

“Rios voadores” auxiliam pesquisas sobre a Amazônia
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/07/rios-voadores-auxiliam-pesquisas-sobre.html

A água evaporada na amazônia chove em todo o Brasil
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/02/agua-evaporada-na-amazonia-chove-em.html

referente a: Blog do Chicão: Rios voadores com água da Amazônia em ação (ver no Google Sidewiki)

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